quarta-feira, 25 de março de 2020

Papel de liderança em tempos de crise.

Ser líder é atribuição que permite nortear liderados de forma produtiva, motivada e consciente, não somente em busca de resultados, mas também pela análise, reflexão e redesenho de processos já realizados. Qualquer atitude oposta, imperativa, arbitrária e pautada em ações unilaterais, alude à autoritarismo e totalitarismo, modelos estes inaceitáveis de gestões ultrapassadas.
É digno de reflexões menos superficiais, cadeias de ações a nível continental (Brasil) e, acima de tudo mundial, ações que seguem uma direção verticalizada, pelos próprios sujeitos das ações; ações pautadas em situações adversas que, amortecidas e refletidas por lideranças capazes, teriam impacto positivo em colaboradores, ao invés de opressão gratuita e demonstração de que não se sabe ao certo o que deve ser feito, "apenas faça algo para que a imagem decorativa de instituições engessadas por um sistema hierárquico arcaico e obsoleto sirva de estandarte de seriedade e dever cumprido". A crise pela qual passamos no momento não é apenas de saúde pública, é uma crise de ausência de direcionamento, gestão e liderança. É a crise do "siga o mestre, mas não questione; sou o dono da bola, brinca quem eu quiser". Vacas de presépio não se movem - nem para frente e nem para trás; para esse grupo tudo será mais do mesmo. Alguns outros grupos, pensantes, se incomodarão com os modelos autoritários ignóbeis que nos presenteiam com a máxima nas entrelinhas: "reflita, mas não tome nenhuma atitude contrária às ordens dadas." E assim segue o espetáculo no grande picadeiro, sempre com alguma piada que cubra reflexões difíceis de serem processadas. "Send in the clowns."

N.M.

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